sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Li e gostei:

“Os cães, em seu papel de melhores companheiros do homem, já tiveram inúmeras características positivas e negativas atribuídas a eles. Desde tempos remotos esses animais são associados com as experiências mais soturnas da vida, sendo vistos em eras primitivas como mensageiros da morte. Apesar de menções ao domínio de um “cão negro” ou de uma “nuvem negra” existirem desde a época dos celtas, Samuel Johnson foi provavelmente o primeiro escritor a traçar uma associação dessa imagem com a depressão. Winston Churchill popularizou a metáfora, (...) depois dele, muitos escritores, artistas e cantores descreveram o cão negro.”

O tema é de difícil trato, mas Matthew Johnstone conseguiu escrever um livro sobre a depressão que é uma verdadeira pérola: Eu tinha um cão negro, seu nome era depressão. Os desenhos são simplesmente adoráveis e nos fazem ver a doença de uma maneira gráfica, terna e até mesmo divertida. Os desenhos são do próprio autor e o prefácio é de Gordon Parker, Diretor executivo do Black Dog Institute da Autrália.
Vale a pena conferir, é da Editora Sextante.
Santo Afonso Henriques! Fazei de mim uma escritora. Nada de festivais, de júris em concursos (de beleza ou literários), de cargos em repartições chamadas culturais, de capelas, de frases de espírito. Livrai-me dos fascínio que tantos de nossos autores hoje, têm pelo convívio com os ricos, pela adoção obrigatória de livros seus na área estudantil, pelas viagens com passagem e hotel pagos. Fazei-me orgulhosa de minha condição de paria e severa no meu obscuro trabalho de escrever”.

Dos papéis de J.M.E. in : A rainha dos cárceres da Grécia, de Osman Lins