sábado, 30 de janeiro de 2010

D’O Livro dos Sonhos:


Lélia Almeida.


Outro sonho. Caminho atrás das minhas ex-amigas que vão muito contentes e conversando por um caminho que desconheço, não somos mais amigas, e mesmo assim não consigo deixar de amá-las. Elas me conduzem, não conversamos. Meu filho também está junto, como sempre esteve enquanto eu estava com elas. Chegamos a um topo, uma espécie de sopé, numa paisagem magnífica e verdejante. Há uma trilha exuberante que é uma espécie de uma fenda numa montanha, um grande deslizamento, me ocorre, agora que escrevo. Um lugar onde a terra se abriu e elas me olham e esperam que eu decida. Eu devo descer por este lugar até lá embaixo. O medo que eu sinto é inenarrável. É de noite. A terapeuta preside os trabalhos, me orienta. Eu sei que não tenho alternativas. Eu tenho de descer. Começo a descida deitada com os braços cruzados sobre o corpo, como uma morta. Mas tudo é suave neste caminho que parece assustador. A trilha é estreita e a terra está molhada. Há uma profusão de avencas misturada com gravetos e seixos. Sinto escorpiões e aranhas imensas que grudam no meu corpo que está envolto numa espécie de gaze branca, e quando chego ao final do caminho posso retirar com facilidade aqueles bichos que estavam sobre mim. Depois estamos numa casa de madeira, e o Uli, o gato preto que ficou na Casa da Colina, no Ouro Vermelho, me acompanha todo o tempo. Sei que é ele porque vejo a cicatriz na pata e porque ele ronrona do mesmo jeito que antes. É uma espécie de anfitrião, de companheiro de caminho, e eu sei que ele zela pela minha alma. Têm os olhos cansados, ele está velho, mas enérgico. A casa é de madeira e parece uma casa de banhos e de cura para alemães que estão doentes de amor. Quase todos estão velhos e sei que eles estão doentes de amor. Sei pela quantidade de cartas que levam e trazem. E que fazem circular entre eles. A Casa da Colina foi a minha casa de cura. A casa do meu luto e da minha cura, e por isso eu não conseguia sair de lá.



In: O Livro dos Sonhos, 2010 (Fragmentos inéditos).

domingo, 24 de janeiro de 2010

Veio no biscoito da sorte do restaurante chinês a frase que dizia assim: Esteja a cavalo quando for procurar um cavalo melhor.
Descobri hoje a divindade egípcia que me protege. Tão reconfortante!
Melhor impossível.

Taueret: a sua representação é uma fêmea de um hipopótamo, considerada como a protetora das mulheres grávidas, dos nascimentos e dos que podiam renascer dos reinos dos mortos. A lenda dizia que quando ela afundava nas águas do Nilo, estas subiam e, assim, suas margens se tornavam cultiváveis, trazendo abundância nas colheitas. É simbolizada com seios de mulher, patas de leoa e cauda de crocodilo.
Características: seu protegido tende a ter muita intuição e geralmente gosta de assuntos relacionados à área de esoterismo, ocultismo, astrologia etc. Tem grande capacidade de entendimento e geralmente sua vida é destinada a ajudar a família e o próximo. Tudo em sua vida é muito bem planejado e aproveitado; além disso, garante o bem dos mais próximos.
ABRACADABRA

Abracadabra (Gnóstico)
Esta palabra simbólica aparece por primera vez en un tratado médico escrito en verso por Sammónico, que floreció en el reinado del emperador Séptimo Severo. Godfrey Higgins dice que deriva de Abra o Abar, "Dios", en celta, y cad, "santo". Se empleaba a guisa de talismán y estaba grabado sobre Kameas como amuleto. (W.W.W.) -Casi estaba en lo justo Godfrey Higgins, puesto que el término "Abracadabra" es una corrupción posterior de la voz sagrada gnóstica "Abrasax", siendo a su vez esta última una corrupción todavía anterior de una sagrada y antigua palabra copta o egipcia, una fórmula mágica que significaba en su simbolismo: "no me dañes" y estaba dirigida a la divinidad en sus jeroglíficos como "Padre". Estaba generalmente adherida a un amuleto o talismán y se llevaba como un Tat (véase esta palabra) sobre el pecho debajo de los vestidos.