sábado, 12 de fevereiro de 2011



POLITICK MEMORYHOUSE STROKE

Pedro Domingues.

Depois de um dia de dor seca com essa família de eternos estranhos
vem uma memória que me faz chorar e me trás de volta:
a baleia que canta "Fígaro" com três gongos de goela.

O amor de mãe vem pelas árvores
correndo em minha direção
eu me sinto, eu sinto ela.

Eu me lembro quando ela fez pipoca
tentando nos trazer de volta da horrível monotonia de um domingo perdido.
Estou sob sua asa novamente,
sentindo seu coração,
enquanto a baleia do desenho animado canta por um futuro em um mar escuro e
por um futuro sem tanto medo.

Minha mãe é minha baleia,
minha mãe é meu perdão para longe de todos os venenos
que correm pela terra.

Minha mãe é meu amor,
todas as mulheres do começo ao fim.

Ela é meu furacão
numa terra de comodidade emocional e negação.
As lágrimas ainda correm por dentro
deste mar atrás do olho
que eu aprendi a observar através dela.

Ele começa onde esta terra seca termina,
este segundo poder.
Então me transformo em poeta novamente
para estar próximo dela
para atravessar como um furacão
novamente ao mar com todos os membros
desta doce e brutal resistência
VIVA LA RESISTENCE!

2 comentários:

Verônica Couto disse...

Lélia!!!!!!!! Querida, que mais você poderia ter desejado nessa vida? Que poder, hein? The real thing. Bjs.

bebel disse...

Maravilhoso!Lembrei muito da minha mãe,obrigada.