sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A consulente me conta como foi difícil a separação do filho, um rapaz adulto que foi morar sozinho. Às vezes a gente tem de fazer rupturas definitivas para poder se encontrar de outra maneira, ela me diz. E conta que agora eles passeiam de ônibus pela cidade, cada um coloca um fone no ouvido e escolhem músicas no celular, olham-se cúmplices e risonhos ouvindo "I follow rivers", o cordão umbilical leve, finalmente.


(Lélia Almeida)

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