sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Farol, Lélia Almeida. A água rebenta contra as pedras. A maré enchendo, subindo. Um farol. Uma embracação que não se move. O farol que ilumina o hotel, ao longe. A mulher fuma olhando para o mar, um homem que também fuma, a observa. Só isto. Os dois são estrangeiros naquela cidade marítma. E não se falam. A lembrança do amante estrangeiro, longínqua, volta com força e vai embora, no ritmo do movimento da luz do farol, que ora ilumina a fachada do hotel e que depois submerge em sombras.

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